A valorização das riquezas socioculturais da Gamboa, das suas práticas ancestrais e cotidianas, seus modos de vida e relações comunitárias são de grande importância, especialmente, em uma cidade que tem seu planejamento urbano pautado pelas retiradas de comunidades negras e tradicionais das áreas de interesse turístico.

Definido como Zona Especial de Interesse Social (ZEIS 5), referente à comunidade tradicional pesqueira, este território tem um histórico de enfrentamentos e cooperações comunitárias em torno da permanência dos moradores e garantia de direitos básicos. Neste contexto, o audiovisual desempenha um papel social no registro, visibilização e disseminação de outras narrativas de territórios periféricos, que são frequentemente retratados nas grandes mídias pelo viés da violência e precariedade.